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RESUMOS

Estudos clínicos

Eficácia e segurança de IFX-1, um anticorpo monoclonal anti-C5a, em um estudo aberto de fase 2A em pacientes com hidradenite supurativa grave não elegíveis ao tratamento com adalimumabe

Apresentado por Evangelos J. Giamarellos-Bourboulis, MD, PhD
Fourth Department of Internal Medicine, National and Kapodistrian University of Athens Medical School, Greece

São limitados os conhecimentos sobre a patogênese da hidradenite supurativa (HS). O que se sabe é que os pacientes com HS têm aumento da fração do complemento C5a, um potente amplificador da inflamação, que se correlaciona com a gravidade da doença. Além disso, a fração C5a plasmática também condiciona a produção de TNFα nos monócitos. IFX-1 é um anticorpo monoclonal humano que se liga especificamente ao C5a bloqueando seu efeito.

Avaliar a segurança e a tolerabilidade do IFX-1 administrado por 8 semanas.1

Tipo de estudo (NCT03001622)2

  • Fase 2A
  • Intervencionista
  • Aberto.

Desenho do estudo

  1. Triagem:
    • Duração: ≤2 semanas
    • Total incluído: 12 participantes
  2. Período aberto com 800 mg de IFX-1:
    • 8 semanas
    • Avaliações: Dias 1, 4, 8, 15, 22, 29, 36, 43, 50
  3. Período de acompanhamento:
    • Duração: 12 semanas
    • Avaliações: dias 78, 108, 134.

População de estudo

  • Idade ≥ 18 anos
  • Diagnóstico de HS há pelo menos 1 ano
  • Lesões de HS em pelo menos 2 áreas anatômicas distintas, uma delas em estágio II ou III de Hurley
  • Contagem de abscessos e nódulos (AN) ≥3
  • Falha primária ou secundária com tratamento anti-fator de necrose tumoral (anti-TNF) ou paciente não elegível a adalimumabe
  • Falha a tratamentos antimicrobianos prévios.

Desfecho primário: segurança

  • Segurança e tolerabilidade da administração de IFX-1 a pacientes com HS moderada a grave
  • Eventos adversos (EAs).

Desfechos secundários: eficácia

  • Resposta clínica da HS (HiSCR)
  • Avaliação Global pelo Médico (PGA) da HS
  • Contagem de AN; dimensões das lesões
  • Níveis de C5a.

Desfechos primários

  • Foram relatados EAs em 50% (6) dos pacientes, com total de 9 eventos (Tabela).
  • Nenhum foi relacionado ao IFX-1 e nenhum foi fatal.

Desfechos ou resultados secundários

  • A resposta clínica (HiSCR) foi estatisticamente significativa no dia 29 em relação ao dia 22 (P<0,05), e se manteve durante todo o período de tratamento aberto, até o dia 50, em 9 dos 12 pacientes.
    • A resposta observada pelo HiSCR manteve significância estatística durante todo o período de acompanhamento, P=0,09 no dia 134 comparado ao dia 50 em 10 dos 12 pacientes.
  • Foi observada significância estatística na contagem de AN e nas dimensões das lesões, ambas no dia 50 do tratamento aberto (P<0,0001 comparado ao dia 22) e novamente, no período de acompanhamento, no dia 134 (P<0,0001 comparado ao dia 22).
  • Os níveis de C5a também estavam significativamente reduzidos no dia 22 e assim se mantiveram até o dia 50 (fase de tratamento) em relação ao basal, P=0,05.
    • Os níveis de C5a começaram a subir durante o período de acompanhamento, no dia 134, mas ainda ficaram estatisticamente abaixo dos valores originais da avaliação basal, P=0,016.

Conclusões

  • IFX-1 foi bem tolerado nesse estudo e os EAs foram associados à HS, não ao tratamento.
  • A eficácia do IFX-1 mostrou resultados promissores, com resposta de 75% no HiSCR ao final do tratamento e 83% de resposta no HiSCR ao final do acompanhamento.


REFERÊNCIAS

Declaração de vínculo: O apresentador declarou ter recebido honorários (pagos à Universidade de Atenas) da AbbVie, Biotest, Brahms GmbH e The Medicines Company; declarou ter recebido remuneração como consultor de Astellas, da Grécia, InflaRx GmbH, da Alemanha e XBiotech (paga à Universidade de Atenas); e declarou ter recebido bolsas de estudo independentes (pagas à Universidade de Atenas) de AbbVie e Sanofi. Ele é patrocinado pelo programa FrameWork 7 HemoSpec (concedido à Universidade de Atenas) e pela Bolsa Horizon2020 Marie-Curie da Academia Europeia de Sepse (concedida à Universidade de Atenas).

Redigido por: Debbie Anderson, PhD

Revisado por: Victor Desmond Mandel, MD


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